terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A acumulação primitiva


Relendo o livro A Origem do Capital de Karl Marx, que trata da forma como os ricos conseguiram acumular riquezas fiquei pensando como é atual esse livro.
É de estarrecer a forma como eram tratados os mais pobres, pessoas que possuíam uma pequena gleba de terra que dava para o sustento da família. Na lei daquele tempo o trabalhador tinha por como direito um ou até quatro hectares de terra. Só que essas pessoas foram expropriadas dessas terras e tiveram que migrarem para a cidade. Lá chegando não faziam nada pois só sabiam ser agricultores, eram taxados de vagabundos. Por não estarem fazendo nada, eram punidos com ferro quente numa escala impressionante duas letras na testa, ou no ombro e se reincidisse seriam arrastados por um carro até sangrar e ainda eram mortos de outra forma.
Quer dizer, só de pensar nesses castigos por nenhum motivo, só o de que os ricos ficassem cada vez mais ricos e os pobres sofressem esses absurdos.
Quando voltamos para o Brasil lembramos bem da escravidão, que não era nada mais nada menos do que a acumulação de capital, em detrimento dos escravos que eram tratados barbaramente a ferro e fogo, a desenvolver trabalhos pesados e com um agravante, sem comer e ainda sendo castigado se tentasse fugir.
Disso tudo nos dias de hoje, vemos a mão de obra ser utilizada no sentido de que, se não quiser trabalhar nessas condições, lá fora tem muitos que querem.E conforme  dizia Karl Marx, a lei da mais valia, prevalece (o patrão paga todas as despesas inclusive o salário, e o lucro é todo seu), também é utilizada hoje com certeza.
Diante de tantos absurdos a acumulação ditada e prevista por Marx nos dias de hoje ainda prevalece e com muita força inclusive.


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