terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Falta de Tempo

Hoje, os filhos geralmente não dispõem de tempo para visitar seus genitores. Desculpas não faltam: a faculdade, ida ao shoping, viagens e viagens, sempre desculpas e falta de tempo. Essa semana vi uma mensagem numa rede social que vem explicar o tema em tela. " Um senhor ficou viúvo e já em idade um tanto avançada. No primeiro anos os filhos e netos ligaram e disseram não puder comparecer para a ceia de Natal, ele muito triste mas teve a sua ceia, sozinho. No segundo ano, mais uma ligação e a desculpa, que não dava para a família ir no Natal e Ano Novo, mais uma vez ficou sozinho. No terceiro ano ele resolver elaborar uma estratégia. Pediu a alguém que telefonasse para a família comunicando o falecimento dele. Colocou um ataúde na sala, fechado. E foi chegando toda os familiares. Chorando e se abraçando. Após uns minutos, o senhor abriu a porta e apareceu para todos, foi uma admiração, papai!vovô! ele falou, tive que fazer isso, pois vivo não tem tempo, para o velório sempre se dá um jeito.
Pois é, a vida moderna está construindo famílias virtuais, só se encontram nas redes sociais. Isso é muito triste.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

S IA – Síndrome da Idade Avançada




Gente, por mais que queiramos parecer fortes e eternos. Quando a idade descamba de cinqüenta anos as pessoas já começam a nos discriminar. Sei que as vezes nos fazemos de forte mas é inegável, não temos mais vinte anos.
Mas uma coisa me dá alento, com o advento do Estatuto do Idoso. Ficamos privilegiados. Com a discriminação as pessoas ao nos olharem já consideram terceira idade mesmo não tendo os sessenta e cinco determinados na Lei.
Pois é e eu estou sim sendo beneficiada com isso. Na minha cidade tem algumas lojas nacionais que antes só nas capitais. E eu estou utilizando meu aspecto envelhecido, mas minha alma continua novíssima, e me colocando na fila dos especiais.
Ontem fui a uma dessas lojas e estava apressada. Olhei para as filas e todos eram jovens. Me dirigi à frente do caixa e esperei ser atendida, claro que não gostaram, mas não ouvi nenhuma reclamação.
Acho que merecemos respeito sim, se é lei vamos utilizá-la.

ESQUECER AJUDA A SUPERAÇÃO DE UM PROBLEMA



Quando trabalhava numa ONG, realizava umas reuniões mensais com mulheres vítimas de violência. E era um trabalho muito bom, coordenava o trabalho, eu e a advogada, Antonia, grande amiga, que também sofrera grande violência no casamento. Ela morava em São Paulo à época, teve um filho o primeiro, e na gravidez do segundo seu marido praticara as mais horrendas atrocidades. Ao ponto do filho nascer surdo e mudo, além de sair fugida, escondida do dito cujo, para que não fosse morta. Foi agraciada com a inserção nesta ONG de mulheres que até hoje trabalha defendendo mulheres e educando-as para a cidadania.
Mas voltando ao grupo de mulheres, lembro de muitas histórias, das mais esdrúxulas. Pois o nordestino é ainda mais violento, creio eu, do que os paulistas por exemplo. E essa senhora de nome Marluce,  estava separada do marido pois o mesmo arranjara outra e estava negando tudo como assistência, alegando que não tinha obrigação. Mas a dor maior dela era exatamente a perda do marido, para outra mulher. E isso a deixava abatida, chorosa. Toda reunião ela fazia questão de repetir tudo e reclamar, e não tinha nenhuma dinâmica ou encaminhamento que a dispersasse do assunto. E certo dia eu tive um ímpeto e na intenção de a ajudá-la naquela aflição, disse: “ Marluce, tenta esquecer esse homem, mata ele na tua vida e verás que tudo vai mudar”. Pra ela foi um choque, não esperava tal sugestão. O tempo passou e Marluce num dia desses me encontrou e falou, não esqueço aquilo que me dissestes, consegui me libertar e ser feliz esqueci-me dele e retomei a minha vida. Então se constata que, para um grande problema que não tem solução, esquecer e matá-lo no bom sentido às vezes funciona, será?
LIVRO....
Na nossa vida temos momentos bons e ruins. Estava me lembrando da sensação quando lemos um livro. Seja qual for o tema, claro que do nosso interesse, nos torna um pássaro ou uma borboleta ou ainda qualquer ser que consegue bater asas. O decorrer da leitura nos proporciona um vôo uma caminhada ou até uma viagem pelo espaço.
Quando abrimos um livro descobrimos que temos asas. Outro dia estava lendo o livro de Augusto Cury, “O vendedor de sonhos”, e olhe que resisti a ler qualquer obra do autor, considerava-o de auto-ajuda, que sentimento me invadia, sou preconceituosa às vezes, sei lá Mas durante a leitura, criei asas e consegui voar até o topo do edifício, onde aquele professor ameaçava pular do oitavo andar. Quando o vendedor de sonhos chega e inicia o processo de convencimento através de argumentos inteligentíssimos. Ao mesmo tempo que me colocava no meio da multidão em baixo olhando para o alto com o bêbado Bartolomeu e a velhinha de bengala. Enfim, os livros nos levam a extremos inimagináveis, conhecemos culturas e costumes, lugares e continentes descritos de maneira tal que você consegue se sentir exatamente naquele lugar. Aqui no recanto temos inúmeros escritores que consegue nos levar às suas cidades e passagens de suas vidas, tão bem narradas que conseguimos nos transportar de forma inteira. Vejamos o exemplo do nosso José Bueno, fechamos os olhos e lá estamos nos locais e acontecimentos narrados no livro “ Um Passado Sempre Presente”
Pois bem acho que, “escrever um livro é como mandar cartas aos amigos” frase de Antonio Campos. Ler é mesmo fazer uma viagem pela imaginação.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Cultura no brasil



Para conseguir ascender culturalmente no nosso país, o esforço tem que ser imensurável. Fazer um mestrado ou doutorado, só um percentual mínimo consegue atingir.
Outro dia recebi um email sobre o deputado federal Tiririca. O referido texto colocava as vantagens econômicas que o deputado consegue mensalmente. Com uma riqueza de detalhes atingindo um contingente de duzentos e cinqüenta reais mensal. No final ele diz o seguinte: “eu não estudei e ganho tudo isso e tu abestado estuda pra que, vai ser político”.
Essa semana o ex presidente Lula da Silva veio a Pernambuco proferir uma palestra para empresários e recebeu para isso a ÍNFIMA quantia de trezentos e cinquenta mil reais. E como sabemos ele não estudou, não fez sequer uma graduação.
No entanto meu filho de trinta e dois anos, desde os quatro estuda sem parar, só esse ano conseguiu passar numa seleção de mestrado. E enquanto Lula estava proferindo sua palestra ele estava preparando uma capacitação de matemática para professores da rede de ensino do Recife com uma remuneração de cem reais a hora/aula. Veja quanta disparidade. Será que nossos jovens conseguem ter interesse para estudos?
Cultura no nosso país está cada vez mais complicado.

Uma cidade sem controle de trânsito



Lendo o Jornal Diário de Pernambuco e às segundas feira o escritor Paulo Coelhos escreve sobre suas viagens ao exterior, e encontrei a seguinte observação que muito me chamou a atenção.
Na cidade de Drachten na Holanda os acidentes se sucediam com uma cosntancia impressionante. Então os governantes resolveram mudar o sistema de trânsito. Retiraram todos o semáforos e placas de trânsito, acabaram com as faixas divisórias das rodovias, criaram parques com fontes luminosas e aquáticas, para que os pedestres ao esperar para atravessar se abastecesse de paisagens lindas e aconchegantes.
Pois bem, com esse sistema os motoristas são os responsáveis pelo andamento do trânsito. Enfim, deles depende todo o funcionamento. Com isso, as pressas acabaram a solidariedade se instalou fortemente. Só pra se ter uma idéia, para entrar à esquerda ou direita depende exclusivamente deles.
Será que esse sistema funcionaria no Brasil? Tenho minhas dúvidas e você?

sexta-feira, 22 de julho de 2011

A resistência do negro no Brasil


A resistência do negro no Brasil

Há pouco tempo circulava na mídia nacional a seguinte pergunta: “onde você esconde o seu racismo¿ E eu sempre via e começava a refletir. O negro sofreu todo tipo de tortura durante a escravidão, excluíam deles a existência da alma.
Até a igreja católica possuía escravos. E nisso foi devidamente arraigado no interior do brasileiro, pelo menos da grande maioria, uma resistência e discriminação da pessoa com a melanina alta.
Quando fiz pós graduação deveria apresentar um artigo ao final, escolhi escrever sobre o negro, mas o orientador, mesmo sendo afro descendente, não conseguiu indicar algum tema, pois todos que eu sugeria, eram imediatamente colocadas dificuldades. Acabei  escrevendo o artigo sobre o livro de Jorge Amado Capitães de Areia.
Essa sempre foi a minha grande preocupação, o negro e a sua realidade. Até porque, meu pai era negro, já falecido, minha mãe era branda de olhos verdes. Mas casei com uma pessoa de cor. Acho que nunca escondi o meu racismo, pois não o possuo. Mas cada um dos leitores com certeza terá muitas histórias para contar nesse sentido. Verdade são preconceitos arraigados.
Nas novelas, todos os negros ou negras são sempre serviçais das casas, raramente e de acordo com as pesquisas o negro está sempre pra trás, poucos se dão bem.
Então é realmente um problema nacional, mas devia ser visto que somos uma nação mestiça, uma verdadeira miscigenação, acho que um número bem ínfimo de brancos existe no nosso país, basta verificarmos nossos ancestrais.