domingo, 27 de fevereiro de 2011

Filho adotivo



É muito normal a adoção por parte de algumas famílias. Porém esse procedimento só deve ser feito se realmente existir amor num tamanho família. Porque se sabe que muitos casais pelo impedimento de não gerarem filhos resolvem adotar, mas muitas vezes não decidem amar, amar com a intensidade que uma criança merece. Até porque esse ser só será realmente cidadão se receber princípios que o eleve a uma pessoa normal como se gerado tivesse sido por aquela família.
É uma responsabilidade muito grande. Sabemos que nas varas da infância e juventude existe um sem número de casais que buscam adoção e também os orfanatos estão superlotados de crianças em busca de uma família. No entanto o que nos deixa triste são muitas vezes os requisitos que invadem o interior dos propensos pais. Geralmente procuram por crianças brancas, menores de dois anos, que não tenha deficiência, que não sejam negras e por ai vai.
Isso é muito sério. Mas para ilustrar o assunto tenho um caso a contar que é um verdadeiro exemplo. Um casal que hoje já passam dos oitenta anos, só tiveram uma filha e resolveram adotar filhos e o fizeram em número de três e todas mulheres. Criaram com muito carinho. E uma delas minha amiga, me contou que quando tinha cerca de dezoito anos na escola umas colegas resolveram dizer-lhe que era filha adotiva. Ah! O mundo caiu sobre sua cabeça e desesperada chegou em casa e correu onde estava o pai e falou: Papai eu soube que sou filha adotiva e caiu em prantos. Ele esperou ela se acalmar e disse: se até hoje eu fui seu pai, lhe dei carinho, lhe trato bem, cuido da sua educação enfim lhe trato como deveria se você achar que não está bom então decida como quer viver. Ela me falou que daquele dia em diante nunca mais falou no assunto e estudou direito foi uma profissional exemplar e cuidou do pai até o fim.
Então você que está lendo esta e está nessa situação lembre-se de analisar com carinho quem você é hoje e o que poderia ser se não tivesse sido adotado.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A vida é uma viagem de trem


A vida não passa de uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, surpresas agradáveis em alguns embarques e grandes tristeza e amores maravilhosos. Muitas pessoas tomam esse trem, apenas a passeio, outras encontrarão nessa viagem somente tristezas, ainda outros circularão pelos em outros. Quando nascemos, entramos nesse trem e nos deparamos com algumas pessoas que, julgamos, estarão sempre nessa viagem conosco: nossos pais. Infelizmente, isso não é verdade; em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos de seu carinho, amizade e companhia insubstituível... mas isso não impede que, durante a viagem, pessoas interessantes e que virão a ser super especiais para nós, embarquem.
Chegam nossos irmãos, amigos e amores maravilhosos. Muitas pessoas tomam esse trem, apenas a passeio, outras encontrarão nessa viagem somente tristezas, ainda outros circularão pelo trem, prontos a ajudar  a quem precisa. Muitos descem e deixam saudades eternas, outros tantos passam por ele de uma de uma forma que, quando desocupam seu assento, ninguém nem sequer percebe.
Curioso é constatar que alguns passageiros, que nos são tão caros, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos; Portanto, somos obrigados a fazer esse trajeto separados deles, o que não impede, é claro, que durante esse trajeto, atravessamos com grande dificuldade nosso vagão e chegamos até eles... só que, infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado, pois já terá alguém ocupando aquele lugar.
Não importa, é assim a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas... porém, jamais retornos. Façamos essa viagem, então, da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com todos os passageiros, procurando, em cada  um deles, o que tiverem de melhor, lembrando, sempre, que em algum momento do trajeto, eles poderão fraquejar e, provavelmente, precisaremos entender isso, porque nós também fraquejamos muitas vezes e, com certeza, haverá alguém que nos entenderá.
O grande mistério, afinal, é que jamais saberemos em qual parada desceremos, muito menos nossos companheiros, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado. Eu fico pensando, se, quando descer desse trem, sentirei saudades...acredito que sim, me separar de alguns amigos que fiz nele será, no mínimo dolorido, deixar meus filhos continuarem a viagem sozinhos, com certeza será muito triste, mas me agarro na esperança que, em algum momento, estarei na estação principal e terei a grande emoção de vê-los chegar com a bagagem que não tinham quando embarcaram...e o que vai me deixar feliz, será pensar que eu colaborei para que ela tenha crescido e se tornado valiosa.
Amigos, façamos com que nossa estada, nesse trem, seja tranquila, que tenha valido a pena que, quando chegar a hora de desembarcarmos, o nosso lugar vazio traga saudades e boas recordações para aqueles que prosseguiram a viagem.

Músicas de hoje e as de antigamente


Gosto muito de música, mas quem não gosta. A música preenche nossa alma de sentimentos e principalmente de nostalgias.          Existem músicas que quando ouço lembro imediatamente da minha mãe que cantarolava sempre e foi com ela que aprendi a gostar de música.
Mas as músicas de hoje, quer dizer dos cantores atuais, pois ainda tem muita coisa que era de antigamente e que hoje permanece sendo sucesso. Por exemplo: Canções com Agnaldo Tímóteo, Moacir Franco, Maria Betania, José Augusto e muitos outros. São músicas que falam de amor , carinho, respeito aos seres humanos e que geralmente têm história. Se me perguntarem quem são os cantores atuais eu não saberia responder.
Mesmo assim o que se observa são crianças, jovens e adultos com dois pingentes no ouvido a escutarem músicas, quer dizer escutar não, a dilacerar os tímpanos pois certamente seremos um país de surdos, a ciência já aponta pra isso.
Aqui em Pernambuco tem um programa de rádio que eu acho fantástico, pois o apresentador toca músicas de todos os tempos e ainda informa o ano da gravação, onde está aquele cantor e se já morreu diz a data e a causa da morte.
Enfim tudo isso pra dizer que as músicas sempre foram musas inspiradoras dos poetas e alimentaram os amores inclusive os desfeitos. Quem não lembra e hoje ainda tem, claro, homens que ao terminar um amor recorria à mesa de bares ao som de Waldick Soriano. Não sei se hoje alguém ainda ama com tanta veemência.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

A fé que aliena


Tenho observado no Brasil como a religião tem levado as pessoas ao delírio e a não ter a capacidade de raciocinar. Deixam-se levar por um discurso de salvação e de melhoras de vida. Os evangélicos se apossaram de um sem número de mídias. Desde divulgadoras locais, radios AM e FM e a TV nem se fala, pois todos sabem que vinte e quatro horas por dia se encontra salvadores da pátria, quer dizer das almas ou a promessa de saúde e prosperidade.
Na igreja católica, mudou muita coisa. Mas ainda resiste, principalmente os mais antigos a adoração às promessas que insistem em pagar a todo custo. Em Pernambuco existem muitos santuários onde pessoas fazem romarias e veem de muito longe, para pagarem promessas.
Hoje eu fui visitar um santuário na cidade de Paudalho, zona canavieira. Lá se encontra o engenho São Severino dos Ramos. Foi um soldado, que segundo a lenda foi morto naquela localidade e se delega a ele muitos milagres. Umas das formas de pagarem essas promessas e as pessoas se sentem devedoras e vão pagar literalmente. Esse pagamento se dá da seguinte forma: O engenho pertence a uma família que já morreu os pais, avós e restam umas filhas que enriquecem cada vez mais nesse “comercio”. Pasmem, nos fundos da igreja foi construído uma espécie de loja de objetos de pagar promessas. As pessoas vão lá e compram esses que são fabricado de cera. São pés, cabeças, todas as partes do corpo de acordo com a promessa feita. ALÉM DE MORTALHA, MOLETAS ENFIM TEM DE TUDO. Então o fiel compra e por ali mesmo ele sobe ao altar onde se encontra o São Severino trajado de soldado com uma espada em posição de morto. Depositam àquela relíquia comprada e ao lado está uma pessoa responsável em recolher os objetos, que ao lado tem uma abertura onde ele deposita, que vai exatamente de volta ao local onde foi comprado para vender ao próximo fiel.
Fui ainda num local onde se deposita coisas, fotos e até moletas etc. Pasmem, estava um menino sentado no chão com a moleta e pedia dinheiro, não dei, ignorei e entrei olhando, ao sair percebi que o menino saiu correndo e um outro assumiu o posto.
Quer dizer isso é um absurdo ou não é.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

OS IDOSOS




Somos um país que caminha para uma população eminentemente idosa.  Hoje as pessoas estão ultrapassando os noventa anos e isso é preocupante porque nem sempre os familiares estão dispostos a cuidarem delas. Um dos problemas maior são os costumes e cultura deles que deve ser respeitadas, mas incomoda a geração atual.
Visitei uma amiga que está com uma irmã de noventa e dois anos em sua casa. Ela é irmã apenas paterna, pois quando sua mãe casou essa irmã já existia, havia perdido a mãe. E ela continuou com a madastra que a tratava muito bem, mas morreu.
Então o que eu observo é que a senhora de noventa e dois anos sofre em saber que não possui nada naquela casa. O quarto não é o dela, não pode fazer o que talvez queira como não tomar banho na hora que desejaria, ou comer depois e não naquela hora.
Então é muito difícil para o idoso hoje. Algumas famílias colocam pessoas cuidadoras que como a mídia divulga de quando em vez, maltratam-nas. Quando se põe num asilo é pior ainda, pois considero uma prisão, tem hora pra tudo até ir dormir sem ter sono.
Na verdade o bom seria se nós começássemos a nos tornarmos pessoas dóceis, humanas, solidárias e menos autoritárias. Quem sabe seríamos bem tratados na nossa velhice.
É uma situação que todos nós estamos passíveis de vivermos.
Se dermos amor hoje,, com certeza ou quem sabe talvez tenhamos de volta no futuro como frutos.