domingo, 20 de fevereiro de 2011

A fé que aliena


Tenho observado no Brasil como a religião tem levado as pessoas ao delírio e a não ter a capacidade de raciocinar. Deixam-se levar por um discurso de salvação e de melhoras de vida. Os evangélicos se apossaram de um sem número de mídias. Desde divulgadoras locais, radios AM e FM e a TV nem se fala, pois todos sabem que vinte e quatro horas por dia se encontra salvadores da pátria, quer dizer das almas ou a promessa de saúde e prosperidade.
Na igreja católica, mudou muita coisa. Mas ainda resiste, principalmente os mais antigos a adoração às promessas que insistem em pagar a todo custo. Em Pernambuco existem muitos santuários onde pessoas fazem romarias e veem de muito longe, para pagarem promessas.
Hoje eu fui visitar um santuário na cidade de Paudalho, zona canavieira. Lá se encontra o engenho São Severino dos Ramos. Foi um soldado, que segundo a lenda foi morto naquela localidade e se delega a ele muitos milagres. Umas das formas de pagarem essas promessas e as pessoas se sentem devedoras e vão pagar literalmente. Esse pagamento se dá da seguinte forma: O engenho pertence a uma família que já morreu os pais, avós e restam umas filhas que enriquecem cada vez mais nesse “comercio”. Pasmem, nos fundos da igreja foi construído uma espécie de loja de objetos de pagar promessas. As pessoas vão lá e compram esses que são fabricado de cera. São pés, cabeças, todas as partes do corpo de acordo com a promessa feita. ALÉM DE MORTALHA, MOLETAS ENFIM TEM DE TUDO. Então o fiel compra e por ali mesmo ele sobe ao altar onde se encontra o São Severino trajado de soldado com uma espada em posição de morto. Depositam àquela relíquia comprada e ao lado está uma pessoa responsável em recolher os objetos, que ao lado tem uma abertura onde ele deposita, que vai exatamente de volta ao local onde foi comprado para vender ao próximo fiel.
Fui ainda num local onde se deposita coisas, fotos e até moletas etc. Pasmem, estava um menino sentado no chão com a moleta e pedia dinheiro, não dei, ignorei e entrei olhando, ao sair percebi que o menino saiu correndo e um outro assumiu o posto.
Quer dizer isso é um absurdo ou não é.

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