segunda-feira, 17 de outubro de 2011

S IA – Síndrome da Idade Avançada




Gente, por mais que queiramos parecer fortes e eternos. Quando a idade descamba de cinqüenta anos as pessoas já começam a nos discriminar. Sei que as vezes nos fazemos de forte mas é inegável, não temos mais vinte anos.
Mas uma coisa me dá alento, com o advento do Estatuto do Idoso. Ficamos privilegiados. Com a discriminação as pessoas ao nos olharem já consideram terceira idade mesmo não tendo os sessenta e cinco determinados na Lei.
Pois é e eu estou sim sendo beneficiada com isso. Na minha cidade tem algumas lojas nacionais que antes só nas capitais. E eu estou utilizando meu aspecto envelhecido, mas minha alma continua novíssima, e me colocando na fila dos especiais.
Ontem fui a uma dessas lojas e estava apressada. Olhei para as filas e todos eram jovens. Me dirigi à frente do caixa e esperei ser atendida, claro que não gostaram, mas não ouvi nenhuma reclamação.
Acho que merecemos respeito sim, se é lei vamos utilizá-la.

ESQUECER AJUDA A SUPERAÇÃO DE UM PROBLEMA



Quando trabalhava numa ONG, realizava umas reuniões mensais com mulheres vítimas de violência. E era um trabalho muito bom, coordenava o trabalho, eu e a advogada, Antonia, grande amiga, que também sofrera grande violência no casamento. Ela morava em São Paulo à época, teve um filho o primeiro, e na gravidez do segundo seu marido praticara as mais horrendas atrocidades. Ao ponto do filho nascer surdo e mudo, além de sair fugida, escondida do dito cujo, para que não fosse morta. Foi agraciada com a inserção nesta ONG de mulheres que até hoje trabalha defendendo mulheres e educando-as para a cidadania.
Mas voltando ao grupo de mulheres, lembro de muitas histórias, das mais esdrúxulas. Pois o nordestino é ainda mais violento, creio eu, do que os paulistas por exemplo. E essa senhora de nome Marluce,  estava separada do marido pois o mesmo arranjara outra e estava negando tudo como assistência, alegando que não tinha obrigação. Mas a dor maior dela era exatamente a perda do marido, para outra mulher. E isso a deixava abatida, chorosa. Toda reunião ela fazia questão de repetir tudo e reclamar, e não tinha nenhuma dinâmica ou encaminhamento que a dispersasse do assunto. E certo dia eu tive um ímpeto e na intenção de a ajudá-la naquela aflição, disse: “ Marluce, tenta esquecer esse homem, mata ele na tua vida e verás que tudo vai mudar”. Pra ela foi um choque, não esperava tal sugestão. O tempo passou e Marluce num dia desses me encontrou e falou, não esqueço aquilo que me dissestes, consegui me libertar e ser feliz esqueci-me dele e retomei a minha vida. Então se constata que, para um grande problema que não tem solução, esquecer e matá-lo no bom sentido às vezes funciona, será?
LIVRO....
Na nossa vida temos momentos bons e ruins. Estava me lembrando da sensação quando lemos um livro. Seja qual for o tema, claro que do nosso interesse, nos torna um pássaro ou uma borboleta ou ainda qualquer ser que consegue bater asas. O decorrer da leitura nos proporciona um vôo uma caminhada ou até uma viagem pelo espaço.
Quando abrimos um livro descobrimos que temos asas. Outro dia estava lendo o livro de Augusto Cury, “O vendedor de sonhos”, e olhe que resisti a ler qualquer obra do autor, considerava-o de auto-ajuda, que sentimento me invadia, sou preconceituosa às vezes, sei lá Mas durante a leitura, criei asas e consegui voar até o topo do edifício, onde aquele professor ameaçava pular do oitavo andar. Quando o vendedor de sonhos chega e inicia o processo de convencimento através de argumentos inteligentíssimos. Ao mesmo tempo que me colocava no meio da multidão em baixo olhando para o alto com o bêbado Bartolomeu e a velhinha de bengala. Enfim, os livros nos levam a extremos inimagináveis, conhecemos culturas e costumes, lugares e continentes descritos de maneira tal que você consegue se sentir exatamente naquele lugar. Aqui no recanto temos inúmeros escritores que consegue nos levar às suas cidades e passagens de suas vidas, tão bem narradas que conseguimos nos transportar de forma inteira. Vejamos o exemplo do nosso José Bueno, fechamos os olhos e lá estamos nos locais e acontecimentos narrados no livro “ Um Passado Sempre Presente”
Pois bem acho que, “escrever um livro é como mandar cartas aos amigos” frase de Antonio Campos. Ler é mesmo fazer uma viagem pela imaginação.